quarta-feira, 25 de maio de 2016

A paquera do 'match': como sete apps funcionam para sexo e relacionamento



“Match” e o jogo começa. Encontrar alguém para se relacionar, seja de forma casual ou até para um relacionamento sério, está ganhando cada vez mais ferramentas no mundo virtual, trocando o acaso pelo “fazer acontecer”. Homens e mulheres podem encontrar o par perfeito sem mesmo sair do sofá de casa, não precisam perder tempo em encontros com pessoas com gostos e manias divergentes, tampouco correr o risco de se apaixonar por alguém que more do outro lado do mundo. Usando os filtros certos, o aplicativo faz o processo seletivo. A comodidade atrai cada vez mais pessoas; só o Tinder - o mais famoso dos aplicativos de paquera, criado em 2012 - tem mais de 10 milhões de usuários brasileiros.
O motivo para tanto sucesso é a facilidade de se conectar com outras pessoas sem precisar sair de casa. “Eu estava com preguiça de ir para balada e barzinho, foi um jeito de conhecer gente nova”, contou Jacqueline Siqueira, que se cadastrou no Tinder há alguns anos. Usando a localização do usuário e informações do Facebook, o Tinder reúne uma lista de possíveis pretendentes e a pessoa aprova ou reprova apenas deslizando o dedo na tela do smartphone. Em caso de interesse mútuo, é possível iniciar uma conversa pelo aplicativo.
Rodrigo C. é usuário do Tinder e escolheu o aplicativo por ser “o mais famoso”. “Para os homens, na maioria das vezes é busca por sexo, mulheres, a maioria quer relacionamento”, opinou, e enfatizou que o Tinder serve como ferramenta para quem quer apenas curtição. Ao longo do tempo, o aplicativo ganhou a fama de ser uma rede de pessoas interessadas somente em sexo e foi com uma proposta diferente, a de “encontrar alguém especial”, que o rival Happn foi lançado em 2014. O aplicativo monitora os passos do usuário, cruza com dados da localização de outras pessoas e cria uma lista de pretendentes. O Happn já faz parte da vida de cerca de 2 milhões de brasileiros.
Tirando o fato de o Happn reunir “pessoas mais bonitas”, de acordo com Jacqueline, não existem grandes diferenças entre os dois aplicativos de paquera.  Usuária do Tinder há quase um mês, Helena já encontrou homens com interesses variados, desde os que “procuram pela alma gêmea, até os que querem sacanagem pura”, contou. “Esses aplicativos são para todo tipo de coisa, se quer um namorado e acha alguém que também quer coisa séria, pronto, ‘match’. Se quiser alguém para passear, para sexo casual, e achar outra pessoa interessada, 'match’ também”, acrescentou Jacqueline. Para Gabriela Pedri, porém, tanto o Tinder como Happn são mais “para pegação”.
Ainda na lista de aplicativos de paquera que estão fazendo sucesso, no entanto com uma linha mais divertida, está o Adote um Cara, que surgiu a partir de um site criado em 2008, na França. A ideia tanto do site como do aplicativo é catalogar “caras” de acordo com características físicas, de personalidade, localização e interesses. No cadastro, a usuária seleciona preferências e recebe uma lista de opções de caras para adotar. Ainda é possível acessar as diferentes seções de homens e usar hashtags para filtrar características, como #barbudo, #viajante, entre outras. Depois que o cara é selecionado, basta colocar no carrinho e marcar data e horário da entrega, no caso, do encontro. “Parece mais uma brincadeira”, comentou Gabriela, que já usou o app.
Por Thaís Sabino @thaissabino

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